segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Charlie Brown?????

Oiê!!! Você que não me conhece ainda deve estar se perguntando o porquê do nome do blog: professoracharliebrown. Aí vai: tenho alguma dificuldade para gravar o nome dos meus alunos, então comecei a chamá-los de Charlie Brown, sempre explicando que era o menino da turma do Charlie Brown e não o cantor. Por esse motivo meus alunos começaram a me chamar de professora Charlie Brown. Como existe uma certa rotatividade de alunos nas escolas, também sou conhecida por esse codinome em outras escolas.
Assista ao vídeo abaixo e veja que meigo é est@ personagem.
Coloque seu fone de ouvidos!


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

" História das Coisas "



     Você é consumista? Quando fica stressad@ sai pelas lojas fazendo compras?
     Esse vídeo vai mostrar a alienação em que o mundo todo está mergulhado. 
     Será que você se encaixa na definição acima? Assista ao vídeo. Vale a pena!!! 
Prof. Neide. 

" Eu "





 Neide Franceschini, nascida aos dezesseis dias do mês de abril do ano de um mil novecentos e ... em Cascavel, estado do Paraná. A segunda filha de Nelson Franceschini, construtor e Edi Brust Franceschini, do lar.
Tive uma infância pobre, mas fui feliz, pois, o que meus pais não podiam nos dar em termos financeiros o fizeram dando amor, carinho, atenção e também muitas palmadas, para que tivéssemos respeito, educação e formássemos nosso caráter.
            Aos sete anos comecei meus estudos no Colégio Santa Maria, um colégio particular, a duas quadras da minha casa. Isso só foi possível por meu pai ter conseguido uma bolsa de estudos quando da reforma do colégio, além disso, ficava depois da aula para regar as plantas.
            Porém, não foi fácil, mesmo que não fosse conhecido o termo bullyng o ato já acontecia, e não só por parte dos alunos, mas, também de alguns professores. Fui vítima pelo simples motivo de ser uma das poucas alunas pobres em um universo de mais de mil alunos que eram extremamente ricos. Em minha sala, na quinta série, onde comecei a passar pelo bulling, era a única aluna sem recursos.
            Fui abrigada a falar corretamente, ou então era vítima de chacota a cada vez que pronunciasse uma palavra errada, mesmo que os demais colegas também o fizessem, seu dinheiro os tornava imunes.
Hoje procuro tirar algo bom de cada experiência, vejo que melhorei muito meu vocabulário por conta desse episódio. Síndrome de Pollyana? Talvez. Penso que é mais fácil ser assim do que carregar rancor. Por esse motivo não admito que meus alunos pratiquem o bullyng com os colegas.
            Na sexta série fui para uma escola pública, bem distante da minha casa e acabei levando na brincadeira uma vez que meus conhecimentos eram maiores do que o dos colegas. Resultado. Fui retida na série.
            Mudei de escola. A outra também era estadual. Lá refiz a sexta série e fiz a sétima.
            Quando passei para a oitava série, comecei a trabalhar de babá e voltei a estudar em escola particular. Desta vez foi no Colégio Cristo Rei. Priorizei meus estudos ao invés do consumo, pois foi o que meu pai me ensinou.
            Algo que marcou minha infância foi o fato de meu pai nos levar a igreja no domingo pela manhã e após a missa comprar o jornal para que eu e meu irmão lêssemos para ele, não que ele não soubesse, mas queria nos incentivar a ler. Essa sempre foi uma atividade prazerosa para mim, uma vez que meu pai me elogiava.
Sempre que recebíamos a visita de um vendedor de enciclopédia ele comprava para nós. Também nos ajudava com as tarefas. Quando ouvia na rádio sobre cursos, pedia qual de nós queria fazer. Sempre fui eu a fazê-los.
Quando acabei o ensino médio prestei vestibular para Ciências Contábeis na FECIVEL, faculdade estadual que hoje é a UNIOSTE. Fique como quinta excedente. Por questões amorosas, no ano de 1989 resolvi me mudar para o estado do Mato Grosso, mais precisamente Sorriso, a capital da soja. Após uma semana meu irmão me ligou dizendo que tinha sido chamada na FECIVEL, mas decidi não retornar. Nessa época contava com vinte e dois anos de idade.
Meu primeiro trabalho, em Sorriso, foi na Prefeitura Municipal.
Minha primeira filha, Tábatha, nasceu no ano de 1990.
Em 1998, após ter casado com meu esposo Silvio e ser mão da Alline e do Thiago, fui trabalhar na Escola Estadual Mário Spinelli, como professora de literatura, embora só tivesse o segundo grau. Destaquei-me na disciplina e no convívio com os alunos. Foi aí que decidi que precisava saber mais.
Prestei vestibular para Letras na Unemat – Universidade Estadual do Mato Grosso e comecei a cursar Letras no início de 1999.
No começo tive algumas dificuldades por conta dos muitos anos fora da escola, pela diferença de idade dos meus colegas e por ter que ir a cidade de Sinop-MT, distante noventa quilômetros de Sorriso, todas as noites.
Meu esposo, meus colegas e professores não deixaram que desistisse. Concluí o curso em 2003.
Estou concluindo especialização em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e Estrangeira na FACINTER e também fazendo mestrado na área de educação na FUNIBER – Fundação Universitária Iberoamericana.
Faço, no mínimo 240 horas de cursos por ano, sempre buscando fazer melhor o meu trabalho.
Por sete anos tive a franquia do KUMON INSTITUTO DE EDUCAÇÃO, experiência que me fez repensar a forma de ensinar.
Continuo a trabalhar na Escola Mário Spinelli, amo o que faço.
Pretendo, após o mestrado, trabalhar em uma universidade.
No ano passado passei por uma separação. Hoje vivo com meu filho mais novo, Thiago de dezesseis anos. Minha filha Alline, 18 anos, mora com o pai. Vemo-nos sempre.
Há vinte e três anos em sorriso, além das atividades profissionais sempre atuei em minha igreja em diversas pastorais. Penso que devemos por á serviço do outro os dons que recebemos.
Gosto muuuuito de ler, de assistir filmes com meus filhos, comendo pipoca e tomando tereré. Também vamos ao cinema, pizzaria, dançamos, enfim, somos felizes.
Como boa paranaense que sou também tomo chimarrão, na escola, com os vizinhos e amigos. O chimarrão é o doce amargo que aproxima as pessoas.
Esse é o relato da minha vida que estou compartilhando agora.